A neurociência é uma área que estuda o sistema nervoso, seus componentes e todas as suas funcionalidades. O sistema nervoso humano é formado pelo encéfalo, medula espinhal e por nervos - todos esses componentes fazem parte da investigação da neurociência. Porém, a neurociência não se trata exclusivamente do estudo anatômico desses componentes. Esta área de estudo é complexa, e busca entender os mecanismos e processos envolvidos desde a formação do sistema nervoso, o processo de crescimento e desenvolvimento biológico, o controle emocional, o processo de criação de memória, de ensino-aprendizagem e o processo fisiológico do envelhecimento. Ufa!
Isso significa que é um campo da ciência que busca revelar estruturas, processos de desenvolvimento e alterações que possam ocorrer ao longo da vida, de forma científica. Com o avanço das metodologias e exames, as investigações sobre o sistema nervoso se torna cada vez mais aprofundada e detalhada. Esse conhecimento gerado têm levantado cada vez mais questionamentos sobre a interação corpo-mente: ou seja, compreender melhor como esses componentes (encéfalo, medula espinhal e nervos periféricos) se comportam frente à mudanças biológicas, comportamentais e pedagógicas.
Portanto, a neurociência é uma área de estudo complexa, dinâmica e não dialoga somente com a biologia e a Medicina. É uma temática que interessa e pode envolver profissionais da Antropologia, Linguística, Química, Psicologia, entre outros. Para subdividir uma temática tão diversa, foram criados 5 campos da neurociência, sendo eles:
Neuroanatomia: Tem o objetivo de compreender toda a estrutura do Sistema Nervoso: sua estrutura, composição, localização (menos a função de cada componente). Com isso, o pesquisador precisa separar o cérebro, a coluna vertebral e os nervos periféricos externos para analisar cada item com muita cautela a fim de compreender a respectiva função de cada parte e nomeá-la.
Neurofisiologia: O campo de neurofisiologia tem por objetivo investigar as funções de cada componente do Sistema Nervoso. Entendendo bem o funcionamento normal de uma estrutura fica mais fácil de compreender os problemas (ou distúrbios) que ocorrem quando os processos não funcionam na sua normalidade. Investigações de epilepsia e esclerose múltipla, por exemplo, se enquadram no campo da neurofisiologia.
Neuropsicologia: A Neuropsicologia busca estudar a associação do sistema nervoso e os processos psicológicos do comportamento humano. Ou seja, esse campo da neurociência auxilia diretamente no diagnóstico, acompanhamento e tratamento de distúrbios e alterações comportamentais causadas pela idade ou contexto psicossocial.
Neurociência cognitiva: Este campo foca na capacidade cognitiva (conhecimento) do indivíduo, na construção do raciocínio lógico, na consolidação da memória e no processo de ensino-aprendizado. Se o aprendizado acontece pela experiência, também investiga as interações dos cinco órgãos dos sentidos na geração de conhecimento (tato, visão, audição, paladar e olfato). Esse campo da Neurociência desperta muito interesse de professores, educadores e profissionais da Educação.
Neurociência comportamental: Quem segue esta linha procura estabelecer uma ligação entre o contato humano e seus fatores internos (emoções e pensamentos) ao comportamento visível, como a forma de falar, de se postar e até mesmos os gestos usados pela pessoa.
Nesse site e nas minhas redes sociais eu abordo todas elas de forma simples e descontraída! Bora lá?
Escrito por: Ana Carolina Martins
Fonte: Instituto NeuroSaber, PUCRS online e PUCPR digital